A Inteligência Emocional e o seu Contributo para o Sucesso da Advocacia

Começamos  por definir a Inteligência Emocional, socorrendo-nos do psicólogo Daniel Goleman, que a descreve como “a capacidade de  conhecer e controlar  as próprias emoções e saber usá-las no momento certo e da forma certa”.

E continuando com aquele psicólogo, identificamos cinco elementos que compõem a Inteligência Emocional na advocacia, a saber:

Autoconsciência, “que é a capacidade de reconhecer e compreender as nossas próprias emoções”; ajuda-nos a “avaliar, com clareza,  as nossas próprias forças, fraquezas, potencialidades e limitações”.

Auto-regulação, que é a “capacidade de gerir os bons sentimentos”; contribui para o nosso controlo das emoções bruscas e impulsivas e adotarmos “tolerância sobre pensamentos, opiniões  ou emoções que divirjam das nossas próprias”.

Motivação, que advém  do nosso interior, de forma que “as causas que  movem as nossas ações e posturas positivas, vêm de dentro, não estão condicionadas  às circunstâncias  ou recompensas externas”; o inteligente emocional motiva-se ele próprio”,  pelas suas próprias metas,  pelo sentimento de auto-realização, como ser humano, como pessoa e como advogado”.

Habilidades Sociais é a “capacidade de interagir com pessoas e socializar com elas de forma eficaz  para alcançar o seu objetivo”, é aqui  que o advogado mostra a sua “potencialidade  de captar e angariar clientes, através de uma comunicação eficaz e influência na tomada das decisões”; que entrega relacionamento que seja diferenciado, que encanta o cliente e sobre ele ofereça  experiência de excelência.

Empatia, nas palavras de Samantha Power, “toda a advocacia, na sua essência, é um exercício de empatia”; é a “habilidade de entender  e reconhecer as emoções  dos outros, em nível íntimo”; coloca-se na posição do cliente, olha para  o problema dele sobre a perspetiva dele e não da nossa”.

Temos de dotar-nos de muita paciência, resiliência e sobretudo de  gentileza, que gere clientes, honorários e esse é o nosso caminho certo.

E para que a empatia funcione ”não devemos  usar  palavras que os clientes  não entendem ou que têm dificuldade para entender”; “devemos preocupar-nos com uma comunicação fácil e eficaz”; escutar o cliente, conversar e saber concretamente o que ele quer saber”.

Por último, neste nosso seguimento de Daniel Goleman, para termos sucesso na advocacia, o nosso atendimento do cliente  deve ser “emocional, empático e de conversa eficaz”;

O que apenas conseguimos se conhecermos  muito bem  a realidade das nossas próprias emoções e sabermos geri-las  com sabedoria e motivação.

E neste ponto, saindo do guia,  devemos nós ter conhecimento  das emoções  dos clientes, assumi-las como nossas e trabalhá-las para satisfação e contentamento daqueles.

Este tema que tanto nos alicia, e ao qual voltaremos logo que a propósito,  tem neste artigo de se  quedar por aqui;

Mas ele é tão rico, forte, único, como  podemos dar testemunho da sua importância na advocacia, não podemos ficar satisfeitos  em terminar este artigo sem referirmos,  que só pessoas com  inteligência emocional, que em parte é inata e noutra parte  resulta da formação, da técnica e  do sacrifício, conseguem ser advogados de  excelência.

Para quem nos ler que não esqueça esta afirmação, que consideramos certeza, e que resulta da nossa longa vida dedicada à profissão, por nós considerada das mais difíceis, mas também das mais aliciantes, se bem praticada por bons profissionais e em ambiente sádio.